sábado, 12 de julho de 2008

Infância



Cadmus


Hoje
na memória do dia
o verde germina
as raízes do nada
os frutos tombados
no chão do exílio.

Hoje
na lembrança da tarde
as folhas afloram
os ventos do nunca
os segundos caídos
na terra da ausência.

Uma infância
de aroeiras e flamboaiãs
cheiro de alecrim
gosto de hortelã
despontou sua melancolia
nos galhos verdes da tarde.