O quarto comprime as feridas do amor em agonia. O desvelo, repentinamente, afagou o grito, a carne macerada, compondo um tecido de gestos e ternuras. O rosto de um era o eco do rosto do outro: duas almas amando o corte das lâminas cegas, a poeira do que perece antes do nascer. Todo o segredo deles, sussurrado nas entranhas de uma árvore, germinou raízes que se fincaram na solidão. Como a foz a dispersar as águas e as ausências, um vento disseminou os amantes em campos de lágrima e silêncio. Em moradas opostas no mundo, duas faces fitaram os seus avessos, os estilhaços do mais perfeito dos amores.
sábado, 12 de julho de 2008
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